sexta-feira, 30 de julho de 2010

Prêmio Multishow 2010

Comentários do Serguei a respeito de todos os indicados:

Prêmio Multishow 2010 - Serguei explica:


Indicados a Melhor Sertanejo:


Indicados a Melhor Grupo:


Indicados a Melhor Música:


Indicados a Experimente:


Indicados a Melhor Cantora:


Indicados a Melhor Cantor:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Rock n' Roll independe de modismo!

Serguei Rock Show

IMAGEM REMOVIDA TEMPORARIAMENTE.



Em breve Serguei e a banda Pandemonium estarão estreando um novo programa
na Multishow GloboSat. O programa vai se chamar "Serguei Rock Show" e deve
ir ao ar a partir do mês de outubro.

*

Confira as chamadas do Prêmio Multishow com Serguei:



Serguei + Pandemonium no Cine Cachaça



Dia 11 de Agosto o Serguei e a banda Pandemonium farão uma apresentação
no Festival de Cinema "Cine Cachaça" no Cine Odeon / Rio onde estão trabalhando
para gravar o show que será exibido em um novo programa da tv Multishow. Aguarde
novas informações!

Papo Calcinha



Serguei gravou a pouco tempo o programa "Papo Calcinha" no canal Multishow.



O programa deve ir ao ar entre os meses de agosto e setembro.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mensagem da banda Pandemonium ao blog



A banda Pandemonium que vem acompanhando o Serguei nesses ultimos 2 anos
mandou um recado para o blog Serguei News, acompanhe abaixo:

"Como músicos, a dois anos, dessa figura Maravilhosa que é o Serguei,e conhecedores de uma boa parte de sua história, contada dia a dia durante esse período em nossas viagens pelo Brasil, adoramos esse material , que, além de bem escrito, está muito fiél a verdade. Parabéns ! E pode contar conosco ! Banda PANDEMONIUM"

O "Serguei News" agradece todo o apoio que a banda Pandemonium e o próprio Serguei
tem dado, é este tipo de coisa que nos incentiva a continuar trabalhando. Thanks!

LEMBRETE: Pessoal, a página no twitter denominada @sergueirock não se trata
do verdadeiro Serguei e muito menos algo oficial relacionado ao mesmo. Quer
acompanhar as novidades de Serguei & Pandemonium? Acesse a FAN PAGE do Dívino
do Rock, reconhecida e apoiada pela própria banda: @SergueiNews
Acompanhe o FAN CLUB também através do orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=3966852831798242827

OBRIGADO!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Serguei na gincana do Show do Tom

Programa que foi ao ar no dia 19/07/2010

Campanha: Serguei no SWU "Woodstock Brasil"

O festival SWU (Starts With You), previamente conhecido e divulgado como o "Woodstock Brasileiro", foi confirmado para os dias 9, 10 e 11 de outubro, em Itu, interior de São Paulo.

Em coletiva de imprensa dada no dia 16/06/2010, os organizadores do festival confirmaram a presença das bandas Linkin Park, Pixies, Incubus e Dave Matthews Band.

O evento será realizado na Fazenda Maeda e espera receber 250 mil pessoas em 3 dias. A fazenda é mesmo local onde são feitos outros grandes eventos, como os festivais de música eletrônica Tribe e XXXperience.

São esperadas mais de 60 bandas para o festival, além das quatro anunciadas. Os nomes serão revelados gradativamente pela organização. Os preços de ingressos ainda não foram divulgados.



E a partir de hoje inicia-se uma campanha para que seja possível
um show do nosso querido e amado Dívino do Rock no SWU 2010 "Woodstock Brazil"

Como todos ja sabem o Serguei esteve no Woodstock original, conheceu Janis Joplin e Jimi Hendrix e tocou em 2 edições do Rock In Rio (1991 & 2001). Quem melhor do que o Serguei para coroar esse evento?

Ajude-nos a divulgar! Campanha: Serguei no SWU "Woodstock Brasil" 2010



Twitter do organizador do evento: @Eduardo_Fischer
Acompanhe o blog "Serguei - O Dívino do Rock" também pelo twitter: @SergueiNews

Serguei: Mister rock n' roll

Serguei: "O que me mantém na estrada todos esses anos é a minha juventude e a minha doideira"



Folclórico, mítico, ícone, freak. O cantor Serguei já foi chamado de muitas coisas. O certo é que o grande público sabe muito pouco sobre este senhor nascido Sérgio Augusto Bustamante, no Rio de Janeiro, em novembro de 1933. As aparições de Serguei na mídia geralmente focam o lado mais pitoresco de sua personalidade, especialmente sua alardeada "pansexualidade" e os encontros com grandes nomes do rock. Pouco falam de seu trabalho musical (tanto o feito no passado, quanto o de agora). E Serguei está na cidade justamente para mostrar seu lado músico. Hoje, seu aparentemente infindável fôlego em cima do palco será posto à prova mais uma vez. Serguei é a principal atração do Sarau Psicodélico, evento que ocupa o América Rock Club esta noite, em Taguatinga.

Ainda em atividade, aos 76 anos, com sua cabeleira desgrenhada, silhueta esguia à Iggy Pop e a característica bocona à Mick Jagger/Steven Tyler, Serguei continua uma figura magnética. O cantor carioca conversou com o Correio na quarta-feira, quando chegou em Brasília. A primeira pergunta da entrevista foi a única respondida prontamente. O restante do bate-papo foi ele quem conduziu - e, em se tratando de Serguei, impossível ser diferente. Basta trazer um assunto à tona e ele começa a falar quase sem parar. Discorre sobre política, internet, samba, rock'n'roll, Saquarema, Janis Joplin, envelhecer, sexo... No meio da conversa, solta pérolas epifânicas, aforismos, devaneios e momentos de sabedoria. "O que me mantém na estrada todos esses anos é a minha juventude e a minha doideira. E a vontade de cantar, de poder expressar todo tipo de sentimento através da música", comentou, fazendo uma ressalva: "Se a música não tiver um cunho de sensualidade e de loucura eu não consigo".

Há dois anos, Serguei é acompanhado pela banda carioca Pandemonium, com quem lançou, no ano passado, o disco Bom selvagem. "Certa vez, nos encontramos com ele no Circo Voador. Conhecíamos a figura dele, mas não as músicas. Quando ouvimos, achamos o som muito louco e as letras uma viagem. Depois de algumas conversas decidimos ser a banda dele. Fizemos então uma nova roupagem para o repertório", conta o vocalista André Ribeiro. "São os melhores músicos que já me acompanharam", elogia Serguei. "E olha que o Celso Blues Boy e o Victor Biglione já tocaram comigo", continua. Sobre o show desta noite, ele adianta que cantará, além de músicas próprias, canções dos Beatles, Steppenwolf, Cazuza e alguns blues. "Vou cantar todo mundo, até mulher dos outros", dispara.

Passado e presente



Serguei não era nenhum menino quando gravou seu compacto de estreia, em 1966. Talvez por isso, em plena época da jovem guarda, seus primeiros registros já se mostravam alinhados com as novas tendências musicais internacionais, em especial com a psicodelia (com direito a muita distorção fuzz e órgãos cheios de efeitos). Já no fim dos anos 1950, ele já circulava pelos meios artístico e boêmio do Rio, acumulando amizades e histórias. Antes de virar cantor de vez, trabalhou como comissário de bordo.

O pseudônimo pelo qual o cantor ficou conhecido vem da infância. Foi dado por um amigo russo que não conseguia pronunciar seu nome de batismo, chamando-o então de Sergei ("Sérgio" em russo). Vivendo entre os Estados Unidos e o Brasil até meados dos anos 1960, Serguei foi apresentado por Laudir Oliveira, percussionista brasileiro que tocava na banda Chicago, a Janis Joplin (com quem, ele afirma, teve um affair). "Na hora, duvidei que fosse ela", lembra. Ela, por sua vez, lhe apresentou a Jimi Hendrix e Jim Morrison ("Comentei como ele era alto e ele riu muito disso").

Testemunha do festival de Woodstock, Serguei sempre pregou uma vida alternativa. Em Saquarema, onde mora desde 1982, ele transformou sua casa no Templo do Rock, onde exibe vídeos, expõe pôsteres, reportagens e objetos relacionados a esse universo. O local conta com apoio da prefeitura da cidade fluminense e já recebeu mais de 20 mil visitantes.

Atualmente, o ganha pão do cantor são seus shows ("Uns quatro ou cinco por mês", contabiliza André) e os trabalhos que faz para a televisão. Há alguns meses, ele pode ser visto em vinhetas do canal pago Multishow. Em breve, irão ao ar suas participações no programa do humorista Tom Cavalcante, do qual integrou o júri da sátira ao concurso de calouros Ídolos, o Ridículos.

Irreverente e rebelde, um autêntico outsider, Serguei tem como herança musical um punhado de compactos psicodélicos disputados por colecionadores nos sebos de vinil (essas músicas e algumas outras raridades foram reunidas em uma coletânea lançada pelo selo Baratos Afins em 2002). Mas seu legado maior é comportamental. Serguei representa muito mais do que o roqueiro mais velho do Brasil. Ele é a personificação de um espírito livre, a concretização da vida alternativa sonhada pela geração hippie e alguém que leva a sério o ofício de performer em uma banda de rock.

Palavras de Serguei sobre



Sexo
Eu sou escravo do sexo, isso com certeza. Sempre fui, e hoje estou insuportável. Eu não fiquei broxa. Dizem que aos 60 anos se perde o entusiasmo. Eu acho que estou entusiasmadíssimo.

Internet
Usar tanto computador é preocupante. Quer trepar, vai pro computador. Quer xingar a mãe dos outros, vai pro computador. Quer dizer I love you, vai pro computador. Não tem nada mais delicioso do que passar na rua e ver aquela garota - ela ou o irmão dela - e trocar um olhar. "Vamos tomar um drinque". Ali pode nascer um grande amor, uma belíssima família.

Brasil
Eu adoro o Brasil, embora faça críticas veementes ao país. Mas não tenho partido político. Fico muito preocupado porque nós somos um celeiro de maravilhas, de riquezas. Na bandeira do Brasil está escrito ordem e progresso. Por que não existe progresso? Porque não existe ordem. Eu me orgulho de ser brasileiro e de a capital do meu país ser no coração do Brasil.

Momentos
Tocar no Rock in Rio 2, quando mandei o público todo se sentar, mais de 50 mil pessoas, desci até eles e cantei Summertime. Ver a Janis cantando em um cabaré do Rio também foi um dos momentos mais marcantes da minha vida.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tô Na Lona



Serguei - Estou Na Lona

Tô na lona sem trocado
Tô mais duro que cimento armado
E o meu salário é porcaria
Não dá nem para um pirulito por dia

A minha cama é a rua
E o meu abajur é a lua

Devo ao padeiro a metade
Do que eu devo ao eletricista
E o triplo desta soma o açougueiro
Já tem na minha lista

E o imposto de renda
Só aceita pagamento a vista
Me dê dois filhos? Já tenho
E próle grande assim ninguém tem

Desconfio que nessa grande obra
Tá me ajudando alguém
Estive um de cana
E o trigésimo terceiro já vem

Tenho uma boa saúde
Não contando umas bobagenzinhas
Como asma, erisipelas
E um desviozinho na espinha
Não como carne a um mês
De vitamina tenho escassez

Pois é meu companheiro
Sem saúde e sem ter dinheiro
Com mais filhos
Que os fios do bigode de D. Pedro I
Ainda canto meus problemas
Não há duvida, eu sou brasileiro

1991:


2009:

Acompanhe-nos no Twitter!



Acompanhe o portal "Serguei News" no twitter: @SergueiNews

www.twitter.com/SergueiNews



Serguei News

Rolava Bethânia



Serguei - Rolava Bethania

Era uma festa muito doida
Alguém me deu um drink eu tomei
Tinha um cara do meu lado
Dizendo que foi caso do Ney
Rolava Bethânia!
E o dono da festa era gay

Ele tem um namorado
Que pertence a uma seita hindu
Viciado em Santo Daime
É fã numero um do Lulu
Rolava Bethânia!
Eu disse cai fora Vodoo

Ta tudo em cima e animado
E todos querem arrumar um namorado
Muita gente entrou no banheiro
E as gatas não querem nem papo

Rolava Bethânia!
E alguém chamou Arnaldo Brandão

Rolava Bethânia! (5x)
E alguém pediu Cazuza e Barão

No meio da festa
Alguém foi na vitrola e mexeu
Tirou o disco da Ro Ro
E colocou do Pepeu
Rolava Bethânia!
Alguém pediu o som do Lobão

No dia seguinte
Ninguém contava o que se passou
Mas foi la pras três horas
Que a confusão começou
Rolava Lobão
Com ele a vitrola quebrou

Rolava Bethânia (5x)
E alguém pediu Cazuza e Barão

Rolava Bethânia (5x)
No meio daquela confusão

1991:


2009:

Aos 77 anos, Serguei só quer saber de “sexo e doideira”



Aos 77 anos, Sérgio Augusto Bustamante, o Serguei, afirma que só quer saber de “sexo e doideira”. O roqueiro, conhecido por ter tido um affair com a cantora Janis Joplin, voltou aos holofotes em impagáveis chamadas para o Prêmio Multishow, que será realizado no dia 24 de agosto. Em entrevista ao JT, ele fala de sexo, drogas e, é claro, rock and roll. Confira:

Você se sente na moda outra vez?
A internet renovou o meu público. Tenho 77 anos de vida e 45 de rock ‘n roll. Sou muito festejado, muito feliz. Tenho muitos fãs, ganho muito beijo na boca.

77 anos! Você, Mick Jagger, Keith Richards, Iggy Pop… O Rock é o segredo da imortalidade?
Tô na pilha do rock. Eu tenho 25 anos. Meu corpo tem 77. Eu, não.

O que você acha das bandas de rock atual? Fresno, NXZero…
Fico desapontado. Esses garotos… Acho que são bons do ponto de vista instrumental, mas não variam. Todas as bandas são absolutamente iguais. Não têm estilo. Rock é estilo de vida e atitude.

Muito careta?
Todos arrumadinhos e de olhos pintados, como os beatniks faziam na década de 70. Eles se dizem emo. Que diabo eu vou saber o que é emo… O que fazem é pop. Não é rock. Eu não aprecio o trabalho daqueles cuja arte consiste em copiar os outros.

As letras são muito ‘mimimi’?
Pra mim é pagode em ritmo de rock. As letras são muito chatas: “Você me abandonou, me deixou”. Uma charopada.

O que falta?
Sei lá. Eu não gosto do pessoal do banquinho… Isso começou com os estudantes universitários querendo se profissionalizar na música. Acho chato. Dessa turma, só escapava o Gonzaguinha. Eu não vejo arte, força ou atitude nisso aí. O artista você conhece no palco.

Qual foi sua maior loucura ?
Foi no Rock in Rio 2. Eu me atirei de cima do palco. Cantei um tributo à memória de Janis Joplin, meti o pé na cerca, fui lá embaixo e cantei ‘Summertime’ no meio da galera. Me joguei em cima do povo. Ninguém me sacaneou. Ninguém me machucou.

O rock te deixou muitas marcas?
Eu protestei muito pra você poder falar comigo. Em 1967, durante a Ditadura sanguinária do Médici, eu protestei contra a falta de liberdade de expressão, que é a coisa mais sagrada que um homem pode ter. Pouca gente sabe, mas, em 1967, eu tive de fazer um show à força em Brasília, na inauguração do Teatro Nacional. Na ocasião, botei uma jaqueta, cheia de medalhas das três forças armadas e cantei na cara do Médici. Eu gritava “rock and roll” ! (ele fala aos gritos), na cara do ditador.

Foi uma vida de muitas paixões?
Eu sou um tipo bissexual. Amei duas pessoas na minha vida. Eu tinha uma garota chamada Glorinha, que fiquei desesperado quando me largou. Depois, conheci um garotão motociclista. A gente ficou junto um tempo, mas não me dei bem. Eu não transava esse negócio de drogas. Ele transava.

Peraí, você nunca usou drogas?
Uma vez, Janis Joplin saiu do banheiro enrolada na toalha. Ela tava chapada e eu disse pra ela: “Sua voz é linda. Mas você vai nos deixar cedo por causa dessas porcarias. Larga esse LSD, cocaína, maconha. Nós somos espíritos. O corpo é só uma máquina. Quando ela começar a enguiçar, nós batemos a porta e vamos embora”. Quando ela morreu, eu chorei muito.

Mas você nunca usou drogas?
Nunca curti drogas. Acho a maior babaquice. Sou muito vaidoso. Fumei maconha uma vez e me senti leso. Minhas energias indo embora por causa dessa porcaria. Eu preservo a minha máquina. Eu já tenho cocaína, maconha e tudo o que você imaginar dentro da cabeça.

Ah, tá. Agora, diz. Você pegou a Janis Joplin mesmo?
Éramos amigos. E rolava um sexo, sim, uma doideira. Eu era meio inibido com a Janis… Uma vez, ela me intimou durante uma festa num hotel, em São Francisco. Ela esticou os braços e me chamou. Eu disse que não iria transar com ela, porque ela era um mito. Aí, ela ficou brava e me falou que mito era Jimmy Hendrix. Até desfilei no São Paulo Fashion Week com uma camiseta com a frase: ‘Eu comi a Janis Joplin’ (foto à esquerda).

A AIDS deu uma tesourada neste comportamento libertário?
Adoro sexo. Mas uso preservativo, e isso me revolta. Fico puto com essa geração do computador, que vive anestesiada. O cara quer trepar, e trepa com o computador. A melhor coisa é andar em Copacabana ou na Av. Paulista, olhar nos olhos das pessoas, sair. O resto é mecânico. Quero saber de sentimento. O mundo perdeu o brilho. Ficou tudo vulgar e sem vida.

Você já tomou Viagra?
Não. Nos anos 70, não tinha disso. Tem muito jovem de 18 e 20 anos que toma por curtição e depois fica broxa de verdade. Eu não tomo e sou muito rock and roll.

E política? Já sabe em quem vai votar para presidente este ano?
Ainda não. A Dilma é fantoche do Lula. E não curto muito o Serra. Mas não quero pensar nisso. Pago todos os meus impostos em dia. No mais, é só sexo e doideira.

Conheça o trabalho do Dívino do Rock!

Serguei gravou dez discos, o primeiro e único LP veio somente em 1991, depois de uma elogiada apresentação no Rock in Rio II. No disco, além de originais, estão covers para clássicos do rock, como 'Satisfaction', dos Rolling Stones, e uma hilária versão para 'Roll Over Beethoven', que virou 'Rolava Bethânia'. Assim como os compactos, a íntegra do LP permanece inédito em cd.

"Serguei - LP RCA | BMG Ariola (1991)"

01- Coleção De Vícios
02- Help
03- Rolava Bethânia (Roll Over Beethoven)
04- Estou Na Lona
05- A Noite Inteira
06- Rock Do Papai
07- Summertime
08- Não Tem Jeito (I Can't Get No Satisfaction)
09- Lindo Anjo
10- Mercedes Benz



"Serguei é um outsider do rock nacional", definiu certa vez Kid Vinil, sintetizando a história do roqueiro que desde os anos sessenta assombra o oficialismo das gravadoras e as regras "sociais". Nascido Sérgio Augusto Bustamonte, em 8 de novembro de 1933, Serguei (apelido dado por um amigo russo) beira os 70 anos esbanjando energia, alegria e, acima de tudo, ironia. Como uma espécie de homenagem informal, o selo paulista Baratos Afins acaba de lançar uma coletânea com 13 músicas da longa carreira do músico.
A coletânea lançada pela Baratos Afins resgata a obra do roqueiro, em 13 músicas que acentuam o lado psicodélico da discografia, dando pela primeira vez a real dimensão da importância da obra de Serguei. Além do 'folclore' em torno de sua figura, a seleção musical de Calanca mostra um repertório de clássicos da psicodelia nacional, com instrumental típico (com muita fuzz-guitar) e letras doidonas. Além da ótima seleção e da produção técnica esmerada, a coletânea vem embalada em uma capa fiel ao espírito de seu conteúdo musical.

A partir disso, a história de Serguei é um roteiro clássico 'sessentista', que envolve demissões de empregos caretas, encontros com heróis do rock e uma discografia errática. Depois de morar nos Estados Unidos, nos anos cinqüenta, Serguei passou por bancos, foi comissário de bordo de diversas empresas aéreas e exerceu outras atividades convencionais, sendo demitido gloriosamente de todos elas. Nos anos sessenta, conheceu Jim Morrison, Jimi Hendrix e Janis Joplis, que rendeu o folclórico reencontro no Rio de Janeiro.
Entre 66 e 67, passando ao largo da Jovem Guarda, e sintonizando a psicodelia que explodia com o 'verão do amor', Serguei gravou 'Eu Não Volto Mais' (falando no perigo da bomba atômica), 'As Alucinações de Serguei', 'Maria Antonieta Sem Bolinhos' (um clássico!) e 'Sou Psicodélico'. Em 69, gravou o compacto 'Alfa Centauro/Aventura', acompanhado do grupo carioca The Cougars, lançado pelo selo 'Orange', que flertava com a tropicália, mas sem perder a 'acidez' psicodélica. Em 1970, lança o compacto com 'O Burro Cor-de Rosa' e 'Ouriço', produzido por Nelson Motta, com sugestivas letras que lhe renderam alguns probleminhas com a ditadura.

Desde então, ele gravou esporadicamente, com destaque para o compacto 'Hell's Angels do Rio' e 'Ventos do Norte', com a a banda Cerebelo, lançado em 1983. No ano seguinte, vem mais um compacto com 'Mamãe Não Diga Nada ao Papai' e 'Alergia', produzido por Hernam Torres. O primeiro e único LP veio somente em 1991, depois de uma surpreendente e elogiada apresentação no Rock in Rio II. No disco, além de originais, estão covers para clássicos do rock, como 'Satisfaction', dos Rolling Stones, e uma hilária versão para 'Roll Ober Beethoven', que virou 'Rolava Bethânia'. Assim como os compactos, o LP permanece inédito em cd.
Sem saber, ou fazer disso um estilo de vida, Serguei viveu e sobreviveu musical, cultural e existencialmente feito um anjo pirado, à margem do rebanho, como ele diz.

Quem quiser saber mais sobre Serguei pode ler o livro 'Serguei, o Anjo Maldito', de João Henrique Schiller, lançado pela CZA Editora, em 1997, que traz depoimentos, fatos da carreira e discografia.

"Serguei - CD 2002 (Baratos Afins)"

01- Eu Não Volto Mais
02- As Alucinações de Serguei
03- Alfa Centauro
04- O Burro Cor-de-Rosa
05- Ouriço
06- De Sol a Sol
07- Maria Antonieta Sem Bolinhos
08- Eu Sou Psicodélico
09- Hell's Angels do Rio
10- Ventos do Norte
11- Mamãe Não Diga Nada ao Papai
12- Alergia & Bônus Track - Aventura



Após longa ausência do mercado, o cantor Serguei, um dos ícones do Rock Brasileiro, lança aos 75 anos o CD "Bom Selvagem" pela Blues Time Records. Em uma parceria com a banda Pandemonium, o cantor gravou músicas censuradas nos anos 70 que sempre fizeram parte de seu show, mas que jamais conseguiu colocar em CD. Em faixas como "Alfa Centauro", "O Burro Cor de Rosa" e "Ouriço", Serguei volta aos anos 70 inspiradores em seu trabalho. Além do clássico do blues "Sweet Home Chicago", que conta com a participação de Big Joe Manfra e Jefferson Gonçalves, Serguei gravou "Rolava Bethânia", versão de Roll Over Bethoven de Chuck Berry com letra de Tavinho Paes e Arnaldo Brandão, uma das músicas que cantou para as mais de 50.000 pessoas na platéia da segunda versão do Rock In Rio em 1991.

"Serguei & Pandemonium - Bom Selvagem (2009)"

01- Alpha Centauro
02- Burro Cor De Rosa
03- Rolava Bethania
04- Sweet Home Chicago
05- Tô Na Lona
06- Marginal
07- Hell's Angels
08- Poder Paralelo
09- Rock do Pai
10- Eu Não Volto Mais
11- Ouriço
12- Ventos do Norte
13- Bonus Track