sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Burro Cor-De-Rosa



Sobre as roupas apertadas
Eu vestia um sobretudo
Sobre tudo uma casaca
Devagar me estrangulava
Na cidade grande
O óleo de motor
(oh, oh, oh)

Dentro da caneca branca
Uma alga luminosa
Escondida em nebulosa
Sai das portas de veludo
Me mostrando tudo
Que o mundo ocultava
(ah, ah, ah)

Minha vida é um terremoto
As certezas caem no chão
Monto na motocicleta
Na garupa o mundo
Minha mãe na mão

Longe do capim de asfalto
No meu burro cor-de-rosa
Canto uma canção dengosa
Grito muito falo alto
Subo no caixote
Digo um palavrão!

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