Em um espaço psicodélico com uma conversa pra lá de descontraída Serguei conta um pouco da sua história.
Sem irmãos, filho único, perdeu toda a família mas sobrou para Sérgio Augusto Bustamante muita coisa do passado que vive junto com ele no Templo do Rock, lugar que traz também histórias de outros artistas. Um ícone folclórico e exótico com muita informação da história do rock mundial, o arquivo do rock. Perguntei, quem é Serguei? E em sua própria definição e ele respondeu: “Sou um bicho solto, não tenho sexo nem idade eu ando solto pela cidade”.
Continuando o papo, logo no início ele me contou que o ônibus na frente do Templo do Rock será utilizado em um longa-metragem biográfico sobre esse sensacional artista brasileiro. Produzido por André Kaveira e com interpretação de Eriberto Leão, com previsão para lançamento em abril de 2015, Serguei falou que a história do filme gira em torno de sexo, drogas e rock’n’roll.
Tem algum artista contemporâneo que você percebe alguma influência do seu trabalho?
Serguei: Artista hoje não mas serei representado por Eriberto Leão em um filme com a história da minha vida, produzido por André Lobato (Kaveira), talvez essa seja a maneira mais próxima de chegar ao meu trabalho.
Alguém que você acha que dê continuidade ao seu trabalho, ou que você acredita que beba da sua fonte?
Serguei: Eu acho que não. O Rock’N’Roll é um estilo de vida raríssimo, poucas as pessoas conseguem seguir da maneira que eu segui, a música decaiu muito no mundo inteiro e no Brasil quero que eles enfiem o sertanojo no cú. A gente sabe de samba, rock, blues etc.
Você está com 81 anos, certo? Qual foi o ápice da sua vida artística, como músico?
Serguei: Você está velho porque você não está novo, então, ninguém é velho e ninguém é novo. Você está novo, mas você vai está velho e quando eu estava novo, com 30 anos que vivenciei os melhores momentos da minha carreira. Nessa época eu conheci Janis Joplin, Jim Morrison e mais alguns outros artistas, está tudo registrado aqui no Templo do Rock por fotos. Eu não vi envelhecer, hoje eu olho pra mim para a minha energia, a minha loucura, o sexo, o tesão, não perdi porra nenhum.
O que mais te excita na vida?
Serguei: Ver um garotão de sunga, risos, hoje todo mundo usa só Maria Mijona. Mas eu sou da geração dos cabelos desgrenhados, das pinturas, da loucura solta, da liberdade, da doidera, do rock’n’roll e é isso me excita mais.
Diabo e Serguei, fala desse duelo
Serguei: Eu sou o próprio Diabo! O anjo maldito do rock brasileiro, um pouco de anjo e um pouco de demônio.
Indica um som que você gosta para a galera que acompanha o Sou Música
Serguei: Eu ouço música de um modo geral, do clássico ao samba. Eu gosto bastante de Zeca Pagodinho, que é interprete da malandragem carioca, e Martinho da Vila. Mas eu escuto de acordo com o sentimento. Quando estou apaixonado gosto de ouvir Ângela Maria, a maior cantora de música popular brasileira, é isso.
Eu me despeço do Serguei quando o seu almoço chega, para não atrapalhar a refeição, aí ele disse “tchau, obrigado, foi um prazer falar com você e fecha o portão para os cachorros não fugirem.”
Assista a mensagem que Serguei deixa para todos vocês e principalmente os mineiros:
FOTOS:
FONTE: http://www.soumusica.com.br/entrevistas/serguei-o-icone-folclorico-e-exotico-do-rock/
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